Maria tem 21 anos e está atualmente a frequentar o segundo ano da licenciatura em Recursos Humanos, no Instituto Superior de Contabilidade e Administração do Porto. Decidiu escolher este curso por ser um curso desafiante e que apela à consciência das pessoas e ao bom senso.
Nos seus tempos livres gosta de ver filmes e de passear à beira-mar.
Relativamente à realização das suas tarefas escolares, considera-se uma pessoa independente na maior parte das situações, mas caso tenha de pedir ajuda aos colegas, nenhum nega a prestação de auxílio. “São pessoas que não se importam de ajudar o outro”, explica.
Na sua opinião, nunca se sentiu excluída nem posta de parte e que nunca existiu qualquer tipo de distinção, tanto por parte dos professores como dos colegas.
Maria assume que nunca sentiu mais dificuldades na aprendizagem por ter uma doença neuromuscular, considerando-se uma aluna completamente normal, com dificuldades normais.
Maria sente-se feliz e realizada na faculdade, explicando que tem de haver uma divisão saudável entre a vida pessoal e a vida escolar, de forma a não ficar sobrecarregada, mas acredita que tem conseguido fazer uma boa gestão do seu tempo.
Maria afirma que no início foi complicado lidar com a sua doença, por não saber ao certo o que era. No entanto, atualmente já encara muito bem a situação e fala abertamente sobre o seu problema. Confessa que a faculdade e os estudos a ajudam a abstrair dos problemas relacionados com a sua patologia.
Daqui a cinco anos espera estar a trabalhar na sua área e a exercer um papel ativo na sociedade.